Na capital fluminense, a média é de R$ 47,09 por refeição, ficando atrás apenas de São Luís, com R$ 51,91 (veja a lista completa mais abaixo).
Os dados foram coletados em 51 cidades do país, entre fevereiro e abril deste ano.
O cálculo é feito com base no que o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) considera como refeição ideal — prato principal, bebida, sobremesa e café.
A pesquisa avaliou os preços em restaurantes, lanchonetes e padarias que aceitam o benefício alimentação. O levantamento contemplou desde os restaurantes mais populares aos mais sofisticados. E considerou o valor de 500 gramas de refeição.
No Rio de Janeiro, o levantamento foi feito na capital, em Caxias, Nilópolis, Nova Iguaçu, Niterói, São Gonçalo e Macaé.
No estado do Rio, almoço custa em média R$ 44,23, o valor é maior que a média nacional (R$ 40,64).
A diretora executiva da ABBT, Jessica Srour, explica o motivo do aumento nos preços.
"O preço praticado no Rio de Janeiro é bem alto e foi puxado pela inflação, que foi puxada essencialmente pelo aumento de combustíveis, aumento do gás, e de vários insumos hortifrutigranjeiros, entre eles o café, tomate, batata inglesa, cenoura, entre outros".
Apesar do aumento, de acordo com Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), nos últimos 12 meses, a inflação para quem almoça fora de casa foi cerca de um terço menor na comparação com a refeições feitas em casa.
Donos de restaurantes dizem que tentam não repassar toda a alta de preços para o consumidor e espantar a clientela que diminuiu desde o início da pandemia.
A dona de um restaurante no Centro do Rio disse que está sempre fazendo adaptações no cardápio.
"A gente tem tentado substituir alguns alimentos. Antes, tinha mais opções de carne. Ainda tem todo dia, mas em quantidade menor. Estamos investindo mais no porco e em frutos do mar", disse Roane Verísimo.
O presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio), Fernando Blower, falou sobre os desafios do setor.
"Aproximadamente 82% dos restaurantes respondeu que a inflação de alimentos e bebidas vai ser o maior desafio do setor este ano. Proteínas, alimentos em geral, bebidas e produtos importados, tudo disparou de preço e isso tem sido um grande desafio porque a gente não consegue repassar na mesma proporção para o consumidor".
"Portanto, as margens que já eram comprometidas com dívidas da pandemia, agora ficaram mais comprometidas ainda com um risco muito grande de sustentabilidade dos negócios", completou.
Preço médio das refeições:
- São Luís, MA — R$ 51,91
- Rio de Janeiro, RJ — R$ 47,09
- Florianópolis, SC — R$ 46,75
- Aracaju, SE — R$ 46,11
- Natal, RN — R$ 44,78
- São Paulo, SP — R$ 43,27
- João Pessoa, PB — R$ 42,76
- Salvador, BA — R$ 42,19
- Recife, PE — R$ 42,04
- Belém, PA — R$ 41,04
- Vitória, ES — R$ 39,66
- Campo Grande, MS — R$ 39,22
- Curitiba, PR — R$ 38,38
- Belo Horizonte, MG — R$ 36,83
- Cuiabá, MT — R$ 36,61
- Palmas, TO — R$ 36,61
- Porto Alegre, RS — R$ 36,12
- Teresina, PI — R$ 34,92
- Maceió, AL — R$ 34,76
- Brasília, DF — R$ 33,37
- Manaus, AM — R$ 31,91
- Fortaleza, CE — R$ 29,65
- Goiânia, GO — R$ 27,94